Histórias e memórias de moradores do Bairro Jardim Patrícia
Entrevista realizada com Cleonice moradora do Bairro Jardim Patrícia – 11/11/2016

Qual é o seu nome? Cleonice Davi Ramos
Quando você se mudou para o bairro Jardim Patrícia? Moro aqui desde 28 de junho de 1998.
Como era o bairro quando você chegou aqui?
Não tinha nada. Poucas casas, só passava um ônibus coletivo, 127, andava dentro de todo o bairro. Nós brigamos muito para melhorar o transporte. Hoje o transporte é bem melhor, passa dois a três ônibus, 127. Não tinha escola, não tinha farmácia, nem mercado. Nós comprávamos no Luizote, não tinha posto de gasolina, não tinha bancos. Como nós sofríamos! Ficava esperando um tempão, os ônibus do Luizote eram poucos e já vinha cheio nem parava no ponto de tão cheio.
E saneamento tinha? Agua? Esgoto? Asfalto? Energia elétrica?
Isso aí tinha, tinha tudo até linha de telefone, asfalto, orelhão de telefone em cada esquina tinha um, luz elétrica, asfalto. Agora lazer não tinha, mas já tinha a praça no projeto. Melhorou muito o nosso bairro, logo veio o Banco Bradesco, depois o Itaú, depois a Caixa, depois da caixa o banco Santander e depois o Brasil. O supermercado Daniela, Bretas e agora pouco tempo o Mart Minas e o Smart supermercados.

Entrevista realizada com Ilzete moradora do Bairro Luizote de Freitas. 11/11/2016
Qual é o seu nome? Ilzete Maria de Souza Caetano – Moradora do bairro Luizote de Freitas
Quando mudou para o Bairro Luizote? Em janeiro de 1980
Você sabe como foi construído o Bairro Luizote de Freitas?
No Luizote era uma fazenda, dizem que era terras da família dos Galassi. Foi construído um conjunto habitacional, na época foi considerado o maior conjunto habitacional da América Latina, mais de mil casas, e tudo modelo padrão único, era considerado um lugar muito longe do centro da cidade. Três tipos de moradias: um embrião que era um cômodo só e um banheiro e as casas de dois ou três quartos.
Quando você mudou tinha todo saneamento? Não. Na época os primeiros moradores não tinham nem água, eles buscavam na mina da lagoa. Não tinha asfalto. Quando eu cheguei as casas já tinham água, energia e asfalto, mas quem chegou no início não tinha infraestrutura. Quando eu mudei já tinha a linha de ônibus, mas era muito pouco, demorava muito. Eu lembro que esse bairro tinha má fama. Era chamado de Serra Pelada, considerado um bairro perigoso.
E o Jardim Patricia, Você se lembra como era? O Jardim Patrícia na época não existia, era só mato. Onde era o Bretas tinha uma plantação de eucaliptos e o povo aproveitava para usar droga. A noite o cheiro impregnava. Eu ia com o papai buscar esterco lá. O loteamento do patrícia surgiu bem depois, não me lembro quando, mas foi bem depois.
Porque você acha que construíram o Luizote nesse lugar longe e deixaram o espaço cheio de mato, sem construções que hoje é o Jardim Patrícia? Eu acho que isso foi uma estratégia de mercado imobiliário. Então o que eles fizeram: primeiro eles fizeram o Luizote, daí veio a população, consequentemente foi surgindo o comercio o transporte coletivo, a infraestrutura, enquanto isso esse outro local que hoje é o Patrícia foi sendo valorizado.
O que você acha que melhorou no Bairro Luizote e Jardim Patrícia?
Luizote: o transporte melhorou muito a oferta de quantidade de ônibus, o estado de conservação dos ônibus. O comercio bastante diversificado, Bancos. Hoje eu não tenho que ir ao centro da cidade pra nada, tudo eu encontro aqui.